O ministro Mário Negromonte (Cidades) deve entregar o cargo na semana que vem. O líder do PP na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PB), é o favorito para a vaga.
A presidente Dilma Rousseff informou ao comando do PP que baterá o martelo sobre o novo titular quando voltar da viagem à Cuba no final da semana.
Negromonte sofre um processo de desgaste no Executivo que culminou, na semana passada, com a revelação da Folha de que o ministro participou de reunião com o lobista de uma empresa de informática interessada em contratos da pasta. Ele nega favorecimento.
A presidente Dilma Rousseff informou ao comando do PP que baterá o martelo sobre o novo titular quando voltar da viagem à Cuba no final da semana.
Negromonte sofre um processo de desgaste no Executivo que culminou, na semana passada, com a revelação da Folha de que o ministro participou de reunião com o lobista de uma empresa de informática interessada em contratos da pasta. Ele nega favorecimento.
O PP é palco de uma disputa entre dois grupos. E o de Negromonte hoje é minoria. Além das suspeitas, o ministro perdeu apoio partidário. Apontado como preferido para o cargo, Ribeiro está em campo oposto ao de Negromonte. Sua nomeação representaria uma tentativa de pacificar a bancada do PP, mas a divisão deve continuar.
Ribeiro foi chamado ontem a Brasília pelo Planalto. Na véspera, Dilma fez chegar ao PP o desejo de que o ministro peça demissão.
Emissária da presidente, a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais), sugeriu que o partido tomasse a frente da substituição.
O presidente nacional do PP, senador Francisco Dornelles (RJ), alegou, porém, que a tarefa cabe ao governo.
Ontem, Dornelles disparou telefonemas a aliados de Negromonte para prepará-los para a iminente demissão. Antes, Dilma deve conversar com o governador da Bahia, Jaques Wagner, um dos padrinhos do ministro.
O próprio Negromonte admitiu ontem a aliados a intenção de desistir. Em conversas com apoiadores, reconheceu que as acusações de que é alvo não vão parar.
Ao longo da semana, ele fez um apelo a integrantes do Planalto: que não fosse surpreendido pelos jornais sobre sua demissão.
O partido convocou reunião com ele para terça.
Essa é a segunda vez que Ribeiro é chamado a Brasília em 15 dias. Da primeira vez – já cogitado para o cargo- Ribeiro discutiu com a articulação política a sucessão nas Cidades. Até então, Dilma pensava em devolver a vaga a Márcio Fortes, titular da pasta no governo Lula.
A ideia foi atacada por aliados e pelo próprio Negromonte, o que acabou por consolidar sua própria demissão.
O PP apresentou uma lista também com o nome dos deputados Márcio Reinaldo (MG) e Rebecca Garcia (PP-AM) e dos senadores Benedito Lira (AL) e Ciro Nogueira (PI) para a substituição”.
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