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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Médicos tiram dúvidas sobre cólica, menstruação, pílula, DIU e mamas


Ao longo de 2011, o Bem Estar recebeu centenas de milhares de perguntas pelo site, Twitter e Fale Conoscosobre saúde da mulher.
O que fazer em caso de cólica? Por que ocorre a endometriose e qual o melhor tratamento? A pílula do dia seguinte pode aumentar o fluxo da menstruação?
Também chegaram muitas dúvidas sobre métodos contraceptivos como anticoncepcionais orais e o dispositivo intrauterino (DIU) – veja o terceiro vídeo desta página. Houve, ainda, quem enviasse questões sobre mamas e vasectomia, método de esterilização feito em homens.

Para responder aos principais temas envolvendo o sistema reprodutor, os ginecologistas José Bento e Maurício Abrão estiveram presentes no estúdio desta quinta-feira (5).
Segundo os médicos, compressas de água quente, bebidas quentes (como chás e achocolatados) e exercícios aeróbicos moderados são ótimos hábitos para combater a cólica menstrual. Hidratar-se bem nessa fase também é muito importante.
O fluxo menstrual normal é, em geral, de até meio copo (entre 50 e 100 ml) liberado de três a cinco dias. Durante a vida, uma mulher menstrua cerca de 400 vezes. Quem engravida e amamenta perde em média 20 ciclos.

Algumas mulheres param de ter cólicas após a gestação, pois nesse período há uma produção enorme de progesterona, hormônio que faz com que o endométrio atrofie.
É preciso observar sempre seu padrão menstrual e, quando houver mudanças para mais ou para menos, é sinal de que algo diferente está acontecendo e necessita investigação.
Endometriose
Considerada uma doença das mulheres modernas, que levam uma vida mais estressante, a endometriose é a presença do endométrio (camada que reveste a cavidade do útero, preparando-o para receber o embrião) fora do útero.
Quando não ocorre fecundação, normalmente esse tecido se descama e é eliminado pela menstruação. Na doença, o endométrio se implanta fora do útero, migrando por meio da corrente sanguínea para os ovários, ligamentos pélvicos, intestinos, bexiga, apêndice e vagina.
Em casos mais raros, pode ser encontrado em outras partes do corpo, como pulmão e sistema nervoso central. Isso faz com que o problema seja tratado de maneira multidisciplinar, por especialistas de diversas áreas.
Uma teoria considerada para o desenvolvimento da doença são falhas no sistema imunológico. Outra hipótese estuda a transformação de células que assumem as características do endométrio fora do útero.
No Brasil, cerca de 6 milhões de mulheres têm endometriose. No entanto, por ser uma doença que apresenta diferentes sintomas ou até assintomática, o diagnóstico demora em média sete anos, entre o início dos sinais e a descoberta, que se dá por videolaparocopia.
Em pacientes com menos de 20 anos, esse tempo é ainda maior, de cerca de 12 anos. Entre 10% a 15 % das mulheres na faixa dos 15 aos 48 anos têm endometriose.
(Ao lado, veja o vídeo sobre a pílula do dia seguinte, pílula normal e menstruação)
Principais sintomas
- Cólica menstrual
- Dor para evacuar ou urinar durante o fluxo
- Dor na relação sexual
- Dor entre as menstruações
- Dificuldade para engravidar
(Confira ao lado o vídeo sobre mamas, sutiã e próteses de silicone)
Tratamento
A endometriose pode ser tratada por cirurgias (para retirar focos de sangue), em que geralmente são feitos pequenos cortes, e/ou por tratamentos hormonais, com o uso de pílulas ou outros hormônios.

O anticoncepcional oral é um dos métodos mais populares de tratamento, mas é preciso ter indicação médica, pois são comprimidos específicos para esse caso.
 
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FONTE: BEM-ESTAR

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