O senador Cícero Lucena (PSDB) tem despontado como um dos favoritos na disputa pela prefeitura de João Pessoa nas eleições deste ano. Ao lado de sua boa pontuação, uma sombra indesejável: a rejeição.
Natural de quem já foi prefeito da Capital por duas vezes, responde a ação penal no STF, saiu arranhado com a Operação Confraria e, especialmente, polarizou a disputa com o governador Ricardo Coutinho, que detém uma parcela do eleitoral pessoense.
A vulnerabilidade do senador neste sentido é suficiente para que, vez ou outra, alguém pergunte: “Cícero é candidato mesmo?”. Especialmente quando a imprensa nacional volta a lhe morder o calcanhar.
É por isso que se especule, seja de forma inocente ou com má intenção, sobre a preparação de um Plano B, como a ex-vice-governadora Lauremília Lucena, esposa do senador e tão bem aceita quanto ele próprio entre o eleitorado do tucano.
Cícero nega. Diz que é invencionice da “imprensa paga pelo governo”. E, de fato, é pouco provável, ao menos agora, que um senador da República, ocupando as primeiras colocações nas pesquisas, pense nisso.
O que Cícero não tem como negar é a dificuldade que terá em, acima dos votos que já tem, avançar para quebrar resistência entre aqueles pessoenses que declaram, diante de uma pesquisa, que todos os candidatos em disputa não votaria em Cícero de jeito algum.
Para estes, Cícero nem precisa pensar em Plano B. Eles já tem o deles.
Luís Tôrres
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