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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

HU fará exame que prevê risco de infarto.


O Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW), na Capital, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) implantará, a partir de junho, um novo exame cardíaco capaz de detectar, com precisão, se o paciente poderá ter um infarto. O método, chamado de Ecocardiografia sob Estresse Farmacológico (EEF), é caracterizado por ser não invasivo e ter baixo custo. O exame ajuda a enxergar com precisão o local onde poderá acontecer o infarto.

A implantação do novo exame no hospital é resultado de pesquisa desenvolvida pelo cardiologista e pesquisador Valério Marcelo Vasconcelos do Nascimento. “Esta é uma medida de grande impacto na rede pública de saúde da Paraíba e que irá contribuir para o engrandecimento da cardiologia no nosso estado”, afirmou. O HU adquiriu seis aparelhos (no valor de R$ 57,6 mil cada), que possuem o aplicativo de informática necessário para fazer o exame.

Segundo a pesquisa, o exame tem bom índice de precisão para a detecção de doença arterial coronariana (DAC) significativa em pacientes que apresentam possibilidade considerada alta ou média de ter a doença. A DAC é um tipo de doença do coração causada pelo bloqueio gradual das artérias coronárias por placas de gordura formadas dentro delas. O avanço deste processo de obstrução das artérias aumenta o risco de ataque cardíaco e morte súbita.
De acordo com o médico e pesquisador Valério Vasconcelos, a doença arterial coronariana (DAC) tornou-se a principal causa de morte no mundo industrializado, aumentando sua incidência entre as pessoas mais idosas. No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, ela é responsável por, aproximadamente, um milhão de internações e por 25% das mortes ocorridas anualmente, o que torna de extrema necessidade o diagnóstico e o tratamento precoces.
Nos últimos anos, o avanço tecnológico e terapêutico tem trazido um impacto positivo na redução da mortalidade e morbidade da doença. Um deles é o uso da Ecocardiografia sob Estresse Farmacológico (EEF). O método consiste na simulação, através do uso de medicamentos, de um aumento do trabalho cardíaco, com o propósito de identificar falhas no funcionamento do coração, não apresentadas quando o órgão encontra-se em repouso. Este efeito pode ser alcançado também através da realização de exercícios físicos (teste ergométrico), no entanto, 42% dos pacientes com doença arterial coronária não possuem condições de realizá-los. Além disso, outra vantagem do ecocardiograma sobre o teste ergométrico é sua maior sensibilidade diagnóstica.
1,8 mil mortes
No último sábado, o Correio publicou uma matéria mostrando que em 10 anos, o número de mortes por infartos no miocárdio na Paraíba passaram de 617 em 2001 para 1.817 em 2011, um aumento de 194,48%.
A doença arterial coronária (DAC) é um tipo de doença do coração, causada pelo bloqueio gradual das artérias coronárias por placas de gordura formadas dentro delas. O avanço deste processo de obstrução das artérias aumenta o risco de ataque cardíaco e morte súbita.
Jornal Correio da Paraíba

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