Cinco meses após ter sido denunciado e ser motivo de repercussão na imprensa nacional, o uso de furadeiras domésticas em procedimentos cirúrgicos continua sendo praticado no Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa.
A denúncia foi feita ontem pelo presidente do Sindicato dos Médicos da Paraíba, Tarcísio de Campos Saraiva, durante uma reunião com membros da Federação Nacional de Médicos e com o procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho na Paraíba, Eduardo Varandas.
Segundo o médico, a organização não governamental Cruz Vermelha, que é responsável pela administração do hospital devido a uma terceirização firmada pelo Governo do Estado, adquiriu algumas furadeiras cirúrgicas, nos últimos 5 meses, para as operações no crânio dos pacientes.
No entanto, a quantidade ainda é insuficiente para atender à demanda e os médicos vêm sendo obrigados a usar as furadeiras inadequadas, que foram produzidas para furar paredes e estruturas metálicas e de madeira.
Tarcísio Campos explicou que o uso do equipamento fere as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), devido aos riscos que representam à saúde das pessoas.
“O uso das furadeiras domésticas é um grave atentado contra a vida do paciente e segurança do profissional de saúde. Além de aumentar o risco de infecção, pode provocar uma descarga elétrica e atingir médico e doente”, disse.
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