O pré-candidato do PMDB à prefeitura de João Pessoa admitiu hoje à noite, durante entrevista ao Padre Albeni Galdino, na TV Master, ter cedido à pressão do PT Nacional para aceitar Rodrigo Soares como vice em sua chapa à reeleição para o Governo da Paraíba em 2010. A declaração foi em resposta a uma indagação sobre ele ter perdido o apoio dos petistas para a campanha deste ano, já que uma ala do partido prefere manter-se ao lado do PSB de Ricardo Coutinho e o outro grupo segue a tese de candidatura própria de Luciano Cartaxo.
Maranhão alegou que não perdeu o PT porque a sigla teria muitas alas, sendo difícil manter uma composição com os petistas:
- O PT é um partido muito dividido. A ala que me apoiava era a de Luciano Cartaxo, que é pré-candidato a prefeito. É justo que o PT tenha candidato e não entendo porque há resistência no partido a essa candidatura. Cartaxo é competente e tem atuação brilhante na Assembleia. Não perdi o PT. A ala que não quer votar em Cartaxo nunca me apoiou. Na campanha de 94, defendi a aliança com o PT e Antônio Mariz me dizia que não adiantava procurar o PT porque o partido tinha sete alas. Se eu me entendesse com uma, as outras não seguiriam. E foi o que aconteceu. Na última campanha, conseguimos. Mas, a que preço? Dando a vice ao PT que não tinha peso eleitoral para isso. Não era uma exigência, mas uma recomendação do diretório nacional de ter um petista na majoritária.
Ao ser questionado sobre suas diferenças políticas e pessoais com o senador Cássio Cunha Lima (PSDB), Maranhão, mais uma vez, acenou para uma aproximação com o tucano, defenestrado do Palácio da Redenção por força de uma ação movida pelo PMDB e que garantiu a Maranhão a terceirapassagem pela chefia do executivo paraibano:
- Cássio foi perguntado sobre isso e disse que era meu adversário e não inimigo. Eu digo o mesmo. Minhas mágoas duram apenas 24 horas.
Do parlamentopb
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