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domingo, 29 de julho de 2012

80% dos pessoenses mudam os hábitos por causa da violência


Pesquisa do MJ revela que JP é a 4ª Capital onde as pessoas mais modificaram hábitos, entre eles não sair à noite
João Pessoa é a quarta Capital do País onde as pessoas deixaram de sair à noite ou de chegar muito tarde em casa por causa da violência.
O percentual de 80,1% coloca a cidade em quarto lugar em relação às demais capitais, perdendo apenas para Maceió (AL), com 80,4%; Belém (PA), com 82,3%; e Manaus (AM) com 83,9%.
Os dados amostrais fazem parte de uma pesquisa do Ministério da Justiça (MJ) realizada nas capitais e no Distrito Federal. Cerca de 75 mil pessoas já foram entrevistadas. O trabalho ainda está em andamento e os pesquisadores vão ouvir outras 12 mil. A pesquisa será concluída em janeiro de 2013.
De acordo com os dados divulgados pelo MJ, os números absolutos ainda não estão disponíveis, mas a partir das informações consolidadas, a mudança de hábitos da população é percebida em diversos aspectos.
Deixar de frequentar alguns locais da cidade por causa da violência foi uma medida adotada por 65,9% dos entrevistados. Outros 61,8% afirmaram que não entram em certos bancos e caixas eletrônicos também por medo da violência.
Locais desertos ou eventos com poucas pessoas circulando deixaram de ser frequentados por 84,7%. Noventa e um vírgula um por cento deixaram de sair de casa portando muito dinheiro, objetos de valor ou outros pertences que chamam a atenção.
Até a convivência com vizinhos foi afetada por conta da violência. Entre as pessoas questionadas, 20,7% admitiram que evitam ter contato com vizinhos, e outras 57,4% não conversam nem atendem pessoas estranhas.
Mais de metade
61,5% - afirmaram ter deixado de frequentar locais onde haja consumo de bebidas alcoólicas em razão da violência; 16,4% disseram não ficar sozinhas em casa; 53,8% mudaram o caminho de casa para o trabalho, escola ou lazer.
O transporte coletivo também foi citado. Das pessoas que responderam às perguntas em João Pessoa, 31,5% evitam algum transporte coletivo que precisaria usar por causa da violência.
De acordo com a assessoria de comunicação do Ministério da Justiça, a pesquisa de vitimização tem foco na subnotificação, abordando pessoas que sofreram a violência, mas não oficializaram os casos na delegacia.
A atitude deixa um buraco negro nas estatísticas e impede que políticas públicas sejam implementadas. A pesquisa é realizada a cada dois anos.
57,9% instalam grades em casa
O estudo apontou que, além da mudança de hábitos, as pessoas estão adotando medidas de autoproteção, como a instalação de grades nas janelas – 57,9% - e trancas extras nas portas, além das fechaduras principais – 69,2%. 
O olho mágico ou uma abertura na porta para ver quem está chegando são medidas que passaram a ser adotadas por 21,9% dos pessoenses. O interfone também transformou-se em mecanismo de segurança, atraindo 16,4%.
Os alarmes fazem parte do cotidiano de 4,4% da população questionada. O mesmo percentual de pessoas aderiu aos vigias armados. Vinte e sete por cento contrataram vigias desarmados.
Cercas de arame farpado sobre o muro ou grades estão entre as ferramentas utilizadas para aumentar a sensação de segurança por 1,4% das pessoas que responderam ao questionário. Outros sistemas de segurança foram escolhidos por 1,6%. 

Sindicato orienta condomínios
O Secovi – sindicato patronal que atua no setor de condomínios – possui um programa que tornou-se referência nacional – o Condomínio Cidadão. Dos 3,5 mil prédios existentes em João Pessoa, mil aderiram ao programa que existe desde 2008 e consiste na orientação, 24 horas por dia, de porteiros via rádio.
Através do equipamento eles recebam informações sobre a atuação de bandidos nos condomínios da cidade. O rádio permite que os porteiros entrem em contato direto com a polícia até mesmo em caso de suspeita de alguma ação criminosa.
“Os porteiros fazem cursos a cada dois meses e informam aos moradores dos condomínios algumas medidas de segurança que devem ser seguidas. Algumas pessoas ainda resistem em obedecer regras como abrir o vidro do veículo ou acender a luz, mas a principal delas é com relação a entregadores.
Eles não podem subir até os apartamentos, pois qualquer bandido pode rendê-lo para ter acesso ao prédio. No entanto, a maioria dos moradores insiste em permitir essa entrada”, ensinou.
Os condomínios residenciais que quiserem aderir ao programa devem ligar para 3241-6485. É necessário adquirir um rádio amador e pagar uma mensalidade de R$ 120. Os porteiros são treinados e aprendem a reconhecer situações suspeitas, têm noção de prevenção e combate a incêndio, além de primeiros socorros. 

Seds
Na análise do assessor de Ações Estratégicas da Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social (Seds) tenente coronel Júlio César de Oliveira, a metodologia da pesquisa é questionável. “Não sabemos como foi feita a coleta de dados, o público entrevistado.
Não estamos colocando em xeque a legitimidade, mas se foi feita a pergunta uma pessoa que sofreu um assalto recentemente, certamente ela vai questionar a segurança pública. Essa sensação de insegurança é muito subjetiva”, observou.
Para ele, as mudanças de hábitos das pessoas são atitudes básicas de segurança proativa incorporadas no cotidiano. “Deixar de sair à noite não é a solução. Todos podem sair, desde que tomem cuidados como circular por locais iluminados e movimentados. Ao chegar em casa, observar bem.
Não existe um clima de insegurança na cidade. As pessoas apenas passaram a incorporar as atitudes básicas”, reforçou. Júlio César afirmou que o crime é um evento social e o Estado tem garantido ao cidadão segurança para que ele tenha o direito de ir e vir.

1 comentário:

  1. RIO-29-07-12-oi meu amigo VEJA SO ONDE VAMOS PARA OS BANDIDOS ESTAO TOMANDO CONTA DE TUDO ELES DITAO REGRAS ATE HORAS DA GENTE CHEGAR EM CASA TEMOS QUE REAGIR ONDE ESTA O DIREITO DO CIDADAO AS LEIS TEM QUE MUDAR LOGO BANDIDO E BANDIDO NAO PODE DA ORDEMTEM QUE CUMPRI ORDE POR DETRAS DAS GRADES UM ABRAÇO PARA DR-MARINHO MENDES UM BRAVO PROMOTOR PUBLICO AS VEZES MAL COMPREDIDO UM MARINHO DE MESSIAS RJ

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