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sábado, 4 de agosto de 2012

Paraíba registra aumento de 6,1% nos casos de hanseníase



A Paraíba registrou no ano passado um aumento de 6,1% dos casos de hanseníase, em relação a 2010. A quantidade saltou de 672 para 713 ocorrências e colocou o Estado na sexta posição no ranking nordestino dos diagnósticos da doença. Só entre janeiro e junho de 2012, já foram novas 168 notificações.
Atualmente, 1.084 paraibanos estão em tratamento contra a hanseníase, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES).

Apesar de ser totalmente curável, a patologia é motivo de preocupação entre os médicos, porque pode causar deformações no corpo e levar até cinco anos para demonstrar os primeiros sintomas. Dados da Secretaria de Vigilância em Saúde, vinculada ao Ministério da Saúde, mostram que o Nordeste é a localidade do país que concentrou o maior volume dos novos casos.
Dos 33.955 registros feitos no ano passado no Brasil, 13.953 ocorreram na Região. Foram 3.729 no Maranhão, 2.684 na Bahia, 2.661 em Pernambuco,1.962 no Ceará,1.100 no Piauí, 713 na Paraíba, 434 no Sergipe, 401 em Alagoas e 268 no Rio Grande do Norte.
Para especialistas, a quantidade de portadores da doença ainda pode ser superior à dos registros oficiais. De acordo com a dermatologista Juliana Nunes, em alguns casos, a doença pode demorar até cinco anos para apresentar os sintomas. “A hanseníase é provocada pelo bacilo de Hans e pode se apresentar de várias formas. O paciente pode estar doente e não apresentar os sintomas, mas ele só vai transmitir a patologia adiante se a doença for do tipo multibacilar”, explicou a especialista.
Por demorar a apresentar sintomas, a doença exige mais atenção das pessoas. O bacilo de Hans provoca manchas, lesões e caroços na pele que mudam de cor e ficam indolores.
Se não houver tratamento, o problema pode afetar nervos e cartilagens e causar deformações físicas. “As pessoas que tiverem contato com pacientes com diagnóstico confirmado de hanseníase precisam ser submetidas a uma avaliação médica.
Para isso, podem recorrer às unidades do Programa de Saúde da Família (PSF)”, destaca Juliana Nunes.
Em João Pessoa, a assistência médica é prestada no Complexo Hospitalar Clementino Fraga, que funciona no bairro de Jaguaribe. No local, a população pode fazer o diagnóstico e tratamento da doença. Só este ano, 142 pessoas que possuem a doença foram atendidas no local.
Nathielle Ferreira

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