---------------------

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Deputado denuncia: “Facção criminosa Al Qaeda domina o comércio de crack em JP e se espalha pelo Estado com ajuda do PCC”


Deputado denuncia: “Facção criminosa Al Qaeda domina o comércio de crack em JP e se espalha pelo Estado com ajuda do PCC”Imagem (Assessoria)
Durante pronunciamento na Câmara, o deputado Manoel Junior (PMDB-PB), lamentou o fato de João Pessoa ter sido apontada pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID), como líder no consumo de crack, entre as capitais brasileiras.
"Em João Pessoa, o crack já devastou muitas e muitas vidas. E agora, adentra no interior do Estado", lamenta o peemedebista. "É um quadro realmente dramático".
"A cocaína, usada para fabricar a droga, está chegando ao interior da Paraíba, com facilidade, a partir de Natal, desviando-se da rota principal - a BR-101, que liga a Paraíba ao Rio Grande do Norte -  onde a polícia do Rio Grande do Norte tem agido com extremo rigor", explica Manoel Junior. "Os criminosos descobriram uma nova zona de conforto e um mercado alvissareiro".

"O relato vem de um jornalista paraibano atento a essa questão, Eliabe Castor, a quem eu queria, neste momento, agradecer".
Leia abaixo, a reportagem de Eliabe Castor:
Facção criminosa Al Qaeda domina o comércio de crack em João Pessoa e se espalha pelo Estado com ajuda do PCC
O sol a pino e o calor escaldante não contribuíam em nada com a minha caminhada. Não sendo daquela comunidade, pessoas desconfiadas me fitavam em pequenas vielas apinhadas de lixo. O clima de perigo daquele local era notório. Sobre uma barreira, denominada "laje", localizada na entrada do Bairro São José, em João Pessoa, estava o poder paralelo do tráfico de drogas.

Os "defensores" e ao mesmo tempo algozes de uma gente humilde. Respirei fundo e subi os degraus de barro. Deparei-me com um homem de meia idade, fala pausada e que se apresentava como um dos chefes da Al Qaeda, facção criminosa que se instalara na capital paraibana. Com arma em punho, cumprimentou-me e pediu para sentar num caixote.

Ao seu lado, pelo menos cinco pessoas faziam sua escolta, dentre elas uma garota que não chegava a ter mais de 15 anos e uma criança na mais pura acepção da palavra. Busquei ficar tranquilo, mas o suor excessivo no meu rosto denunciava o óbvio nervosismo. O homem, que preferiu não falar seu nome e, sim, seu codinome, apresentou-se: "olá, eu sou Galalau!". Sem titubear eu retribui o gesto. Naquele momento ele me observou de forma sisuda, para em seguida dar uma boa gargalhada, havendo comentários entre ele e sua "escolta".
"Então você é o jornalista que vai escutar a gente?". Disse que sim, olhando Sérgio, o meu "guia" até aquele local. Após um momento tenso, muito mais por parte minha, fiquei aliviado quando Galalau foi claro: "aqui ninguém mexe com você. Fique tranquilo parceiro!". Diante da garantia, aos poucos minha voz embargada foi cedendo para a finalidade de estar ali. Entrevistá-lo sobre a venda de crack e a violência que essa droga propicia.
PCC tem ligação com a Al Qaeda
Antes de começar a entrevista, o chefe da Al Qaeda exibiu um fuzil de uso exclusivo das Forças Armadas para mim, explicando que a arma fora um presente de "um irmão do PCC", ou Primeiro Comando da Capital, facção criminosa que age principalmente em São Paulo. Ele falou que os "mano" passam "temporadas" em João Pessoa. "Quando o bicho pega eles vêm para cá e passam um tempo. Os homi (policiais) são mais limpeza. Vez ou outra a gente troca bala com a polícia, mas isso é normal. Quem tá no crime é mil grau e tem que segurar as pontas", relatou.
Depois do diálogo inicial indaguei Galalau sobre a Al Qaeda, como se formou e sua finalidade. Com a frieza dos homicidas ele deixou claro que a facção foi inspirada no PCC, sendo sua finalidade principal o comércio de drogas, sobretudo o crack, deixando escapar que também estava disposto a matar os rivais do "bando" conhecido como Estados Unidos. "Nós chegamos primeiro", disse, para em seguida afirmar que a luta é pelos pontos de droga.   
Crack vem entrando pelo Sertão
Galalau também revelou que o crack, assim como a cocaína, utilizada para "fabricar" as pedras estão entrando, sobretudo, pelo Sertão paraibano, já que a rota principal, que era a BR 101, ligando a Paraíba ao Estado do Rio Grande do Norte está bem guarnecida. "Antes a gente pegava um alternativo e ia buscar a droga em Natal. Era limpeza. Hoje tá sujeira. Tem muita polícia parando carro suspeito".
Sem pudor, ele disse que vende a droga para quem aparecer. "Pode ser 'playboy', menino, menina, velho, novo. O que vale é o Real. Agora, quem vacila e deixa dívida acaba na vala", disse Galalau com um olhar fixo no fuzil. Ele também afirmou que não usa o crack, pois sabe seu poder destrutivo. "Quem quiser, que se mate. Eu prefiro minha maconha", argumentou.
Indagado onde a facção atua, ele disse que em todos os bairros da capital e da grande João Pessoa. "Agente também tá mandando a negada para o resto da Paraíba", confidenciou. Sobre o faturamento, Galalau desconversou, mas disse "rolar muita grana". Ele afirmou não saber quantas pessoas hoje trabalham para a Al Qaeda, mas garantiu ter um "exército, inclusive com bacanas no meio", referindo-se a pessoas com bom poder aquisitivo.
Após ter cumprido 18 anos de prisão por homicídio e outros crimes, Galalau garantiu que na escala hierárquica da Al Qaeda, a maioria dos "chefes" está preso e controlam o tráfico, inclusive a contabilidade, através de celulares. "Tudo é prestado conta. Eu mesmo tenho que prestar. Ou é assim, ou o negócio não funciona. Os patrão ligam pra gente lá da cadeia mesmo. Quem vacila morre aqui fora", finalizou.
João Pessoa lidera o consumo de crack entre as capitais do país
O presidente da Comissão de Segurança e Drogas da Ordem dos Advogados do Brasil, secção Paraíba, Deusimar Wanderley Guedes, informou que entre as capitais brasileiras, João Pessoa lidera o consumo de crack no país. Ele ressaltou que o estudo foi realizado pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), em 2005. Enquanto a média de consumo nacional é de 1%, em João Pessoa esse índice é de 2,5%, superando em termos proporcionais até mesmo o município de São Paulo, onde há a conhecida "Cracolândia", que tem uma média de 1,8%. Mais à frente ele relatou que dados do Governo Federal apontam uma diminuição desse percentual, mas que não houve uma divulgação oficial.
Para Deusimar Guedes, que também é psicólogo e agente especial aposentado da Polícia Federal na Paraíba, o índice da Cebrid pode ter aumentado, ao contrário do que o Governo Federal defende. Seu argumento é plausível. "É possível constatar cotidianamente o crescimento da droga na capital paraibana nas apreensões e prisões efetuadas pela polícia, além da violência gerada indiretamente pelo consumo e venda do crack", ponderou.
Mais à frente ele acrescentou: "Essa é a droga que mais cresceu em vendas no país e isso se deve ao poder viciante e ao preço acessível no comércio do tráfico", explicou. Deusimar Guedes disse, ainda, que o maior "escritório' do crime reside no sistema penitenciário, cujos principais traficantes estão presos". Sobre uma possível ligação entre o PCC e Al Qaeda, ele não descartou a hipótese.
"Na verdade o criminoso nunca muda de profissão, ele muda de lugar e, eventualmente, pode haver uma migração de criminosos para a Paraíba", disse, lembrando, contudo, que o PCC foi formado com uma espécie de conduta ética, havendo uma organização e intelectualização dos seus chefes. "Já essas facções criminosas como a Al Qaeda e Estados Unidos não têm esse perfil. Não importa. Eles matam crianças, mulheres, idosos. Tudo para manter os pontos de venda de drogas", argumentou. 
Para especialista, internação involuntária é válida
Para Deusimar Guedes, a internação involuntária, por muitas vezes, é necessária, quando o indivíduo está pondo sua vida ou a de terceiros em risco. Informando que, como psicólogo era reticente ao processo compulsório. Sua opinião mudou quando visitou o Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre. Ele relatou que existe uma ala para dependentes químicos e que, segundo as estatísticas, o índice de sucesso no tratamento entre voluntários e não voluntários é basicamente o mesmo. 
Sobre os R$ 4 bilhões que o Governo Federal disponibilizou para a prevenção e combate ao crack entre 2012 e 2014, Deusimar Guedes revelou que Estados e municípios estão encontrando dificuldades para receber as verbas em função da burocracia. "Para se ter uma ideia, apenas 14% desse quantitativo foi utilizado o ano passado. É um projeto para inglês ver. É preciso reavaliar as exigências para que a liberação das verbas fique mais acessível", observou, ressaltando que o crack está em todas as camadas sociais.
Paraíba é desprovida de clínicas para dependentes químicos
Seja em João Pessoa ou em outros municípios da Paraíba, o número de espaços especializados para dependentes químicos é mínimo. Apenas entidades filantrópicas como a Fazenda Esperança e Cidade Viva recebem usuários, mas não de forma involuntária.  Por essa razão, as famílias que têm bom poder aquisitivo estão buscando clínicas especializadas em outros estados, especialmente no Sudeste do país e em Pernambuco. É o caso do Recanto Paz, cujo número de paraibanos internados ultrapassa os 10% de todos os que ali se encontram, revela o gerente da unidade em Igarassu, município da região metropolitana do Recife, Carlos Alberto.
Além de gerente, Carlos Alberto tem a função de técnico de referência, espécie de terapeuta que, junto com psicólogos e psiquiatras, tem a função de recuperar os dependentes, ou adictos, como frisou, cuja palavra, de origem latina, significa escravo. A metodologia implantada na clínica, explica ele, está pautada no programa Doze Passos, método adotado pelo Narcóticos Anônimos em todo o mundo.
Carlos Alberto explicou que aproximadamente 90% dos internos têm como droga de preferência o crack, deixando claro que essa substância tem um poder destrutivo muito alto, havendo grandes chances daqueles que a experimentam  tornarem-se viciados rapidamente. Ele lembrou que a adicção é uma doença incurável e reconhecida pela Organização Mundial de Saúde. "Nós buscamos a abstinência total de qualquer substância que possa alterar o humor e comprometer a capacidade de raciocínio", informou.
Para a psicóloga Kátia Falcone, que trabalha na clínica e há 23 anos dedica-se ao estudo e tratamento de dependentes químicos, o crack, em particular, tem um tempo de abstinência relativamente curto. Aproximadamente 15 dias, disse ela. "O problema está na compulsão e obsessão pela droga. Em geral o usuário de crack tem uma autocrítica baixa, é autossuficiente e tende a minimizar os prejuízos, daí haver forte resistência ao tratamento nas primeiras semanas", observou.
Além de ser aplicado o método 12 Passos, outra metodologia adotada é a terapia do espelho através de trabalhos em grupo, no qual um paciente identifica o seu problema no depoimento de outro. "Nós estamos implantando a neuropsicologia. Trata-se de mais uma ferramenta importante para o sucesso do tratamento", informou a psicóloga.
A neuropsicologia é uma interface ou aplicação da psicologia e da neurologia, que estuda as relações entre o cérebro e o comportamento humano. "Assim podemos avaliar da melhor forma o paciente e aplicar um tratamento dentro da sua realidade", explicou Kátia Falcone, informando que as estatísticas de êxito são acima da média nacional, no qual, em cada 10 pacientes, sete ficam longe das drogas. Dados do Ministério da Saúde apontam que apenas 30% dos usuários de crack conseguem livrar-se do vício. 
Tratamento seguindo preceitos cristãos
Na ausência de clínicas dotadas de psiquiatras, médicos e psicólogos, a Paraíba é contemplada por entidades filantrópicas para o tratamento de dependentes químicos. Exemplos são a Fazenda Esperança, localizada no município de Alhandra, e a Cidade Viva, no Conde. Seguindo os preceitos cristãos, essas unidades vêm recebendo a demanda daqueles que não podem pagar um internamento particular.
 A responsável pela fazenda Esperança Feminina em Alhandra, Sandra Cardoso Toscano, informou que existem três internas, ou recuperandas, como costuma frisar.  Duas pelo uso abusivo do crack, e outra pelo álcool.  Ela observou que, para a mulher, ser portadora de uma dependência química as torna mais vulneráveis que os homens. "Para se drogarem, muitas se prostituem, são agredidas e passíveis de contrair doenças sexualmente transmissíveis", observou, para em seguida informar a dificuldade do sexo feminino em pedir ajuda.
"Devido à discriminação, para cada cinco homens, apenas uma mulher busca ajuda", argumentou Sandra Cardoso. A interna Patrícia Silva do Nascimento, 25, natural de Rio Grande do Norte e mãe de dois filhos, explicou que antes do crack, ela começou a ingerir álcool e cheirar cocaína com 19 anos, ainda no colégio.
Com a esperança de frear o vício, Patrícia Silva demonstrou a fé como um meio para sair das drogas. "Digo a todas que não experimentem o crack, pois ele destroi a vida do usuário e da família. Perdi tudo, mas tenho certeza que posso recuperar novamente minha vida, meus sonhos e ter uma vida produtiva. Para isso não posso mais me drogar", falou com emoção.
A contadora Gislene Paula Batista Gomes, 26, disse ter começado aos 20 anos com o alcoolismo, sabendo que teve sorte por não ter experimentado o crack. Na sua reflexão, ela demonstrou preocupação quando terminar seu tempo de tratamento. "Tenho medo, pois o álcool é uma droga lícita que podemos encontrar em todos os locais, podendo migrar para outras drogas, como o crack", analisou. A Fazenda Esperança na Paraíba feminina tem capacidade para 12 pacientes. Maiores informações. 3257-1250
A Paraíba possui nove Centros de Apoio Psicossocial -Álcool e Drogas (CAPs-AD) em cidades com mais de 100 mil habitantes, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde.  O perfil dos que procuram o serviço está em pessoas que buscam o local espontaneamente ou vêm encaminhados por outras instituições.
No Centro, elas são submetidas a processo de admissão que inclui entrevista e exame clínico. O tratamento é feito com base em atividades socioeducativas, oficinas terapêuticas e clínicas. O medicamento é utilizado apenas nos casos em que o paciente apresenta transtornos psicóticos.
 As ações se estendem à família do paciente, que participa de atividades de inclusão promovidas pela equipe do Centro, por meio de visitas domiciliares. O ponto alto do tratamento é a reinserção do paciente ao convívio social, com base em parcerias com órgãos públicos e iniciativa privada.
De acordo com as estatísticas do programa, sem o apoio da família não há como atingir total êxito no tratamento. A família funciona como estímulo para que o paciente prossiga e siga as orientações dadas.
Paraíba não tem espaços públicos para internações involuntárias
A Paraíba não disponibiliza espaços públicos ou convênios com clínicas especializadas para usuários de crack e outras drogas que possam ser internados de forma involuntária. Ou seja; o Estado disponibiliza, apenas, espaços para aqueles que querem tratamento voluntário. O problema, aponta Deusimar Guedes, é que a maioria dos usuários de crack perdem a noção do mundo real, colocando sua vida e a de terceiros em risco e, não havendo uma intervenção da família ou do Estado em casos graves, observa,  "a maioria dos que buscam o falso prazer nas pedras acabam morrendo".
Segundo um oficial de alta patente da Polícia Militar da Paraíba, além do crack ser um problema de saúde, também é um problema social sério, pois, segundo ele, em 95% dos casos de homicídio e latrocínio a droga foi a motivadora. "Muitos usuários buscam roubar e acabam matando ou sendo mortos. Ainda existe o problema do tráfico, onde grupos rivais lutam pelos pontos de venda. É triste ver tantos jovens morrendo. É preciso um posicionamento mais efetivo do Estado nessa luta, pois estamos perdendo", apontou o militar.
Ministro da Saúde é favorável à internação involuntária
Defendida pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para usuários de crack com risco de morte, a internação involuntária não é novidade, mas ainda divide especialistas da área de saúde. Prevista em lei desde 2001, a internação ocorre sem o consentimento do paciente e a pedido de uma terceira pessoa - um parente, por exemplo.
Conforme a legislação, a internação involuntária precisa ser autorizada por um médico e informada, dentro de 72 horas, ao Ministério Público do estado. É diferente da compulsória, que depende de determinação da Justiça - e foi adotada pela prefeitura do Rio de Janeiro para menores de idade viciados em crack. O terceiro tipo de internação é a voluntária, com desejo do próprio paciente.
Durante o lançamento nacional do plano contra o crack, Padilha explicou que as equipes dos consultórios de rua - integradas por médico, enfermeiro e técnico de enfermagem - serão responsáveis por avaliar se o dependente químico precisa ser internado contra a própria vontade. A proposta do governo é passar dos atuais 92 consultórios para 308 nos próximos quatro anos, com foco nas cidades com população superior a 100 mil habitantes.
O diretor regional da Associação Brasileira de Psiquiatria no Centro-Oeste, Salomão Rodrigues, avalia como correta a manifestação de Padilha a favor da internação involuntária. Segundo ele, é a garantia de vida para quem perdeu a razão por causa do vício. "O paciente dependente de crack e comprometido precisa que alguém decida por ele. Ele está em um tratamento temporário. Não está sendo tirada a liberdade dele, mas garantido o direito à vida", disse.
Depois do período de desintoxicação, que dura de dez a 15 dias, a maioria dos usuários de drogas passa a concordar com a internação, conta Rodrigues.
O presidente do Conselho Federal de Psicologia, Humberto Verona, teme uma banalização da internação involuntária pelos médicos. O psicólogo defende a linha de tratamento que leve o usuário a "entrar em um processo de cuidado com ele mesmo", sem privá-lo da convivência familiar e dos amigos.
"Tenta-se convencer a sociedade que a melhor forma é a internação. Parece que o usuário de drogas perde todo o seu direito e a razão", argumentou. "Se ele quiser sair, a gente não pode ser autoritário e dizer não. Não vamos abandonar essa pessoa e nem prendê-la".
Apesar de prevista em lei, o professor de direito penal da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Mauro Arjona, questiona se a internação involuntária pode ferir o direito de escolha do cidadão. "Há um princípio constitucional que diz que ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer algo senão em virtude de lei. Se a pessoa não quer ser internada, ela não pode ser. É um assunto delicado", ponderou.
Não há dados exatos sobre o número de viciados em drogas, como o crack, no país. O Ministério da Saúde estima que existam 600 mil usuários de drogas. Em 2011, a rede pública prestou 2,5 milhões de atendimentos a dependentes de drogas e álcool, dez vezes mais do que há oito anos.
O plano do governo federal prevê ainda a criação de 2.462 leitos de enfermarias nos hospitais públicos para atender a usuários com crises de abstinência ou intoxicação grave e o funcionamento 24 horas, durante os sete dias da semana, dos centros de Atenção Psicossocial para Álcool e Drogas (CAPSad).
Fonte:clickpb

Sem comentários:

Enviar um comentário