Estudo também mostra que esse problema é mais prevalente entre mulheres.
Estudo realizado com 391 idosos mostrou uma prevalência de tontura de 45%. De acordo com os autores, Monica Rodrigues Perracini, professora do programa de mestrado em Fisioterapia da Universidade Cidade de São Paulo, e colegas, a queixa de tontura foi mais frequente no sexo feminino (50,6% vs. 35,2%), o que é corroborado por outros estudos.
Publicado em dezembro de 2011 no Brazilian Journal of Otorhinolaryngology, o estudo “Tontura em idosos da comunidade: estudo de base populacional” mostra que dos idosos que relataram tontura, 31,7% disseram que esta sensação esteve presente nos últimos dois meses. Já a tontura giratória foi relatada por 70,4% dos idosos e 43,8% disseram já ter tido crises vertiginosas em algum momento da vida.
“A tontura é uma queixa comum em idosos e está associada a condições clínicas limitantes, como depressão, fadiga, sonolência excessiva e dificuldade de memória”, explicam os autores. Eles ainda dizem que o problema está associado com quedas recorrentes, medo de cair e pior desempenho em testes de função motora, que pode comprometer a independência dos idosos.
Em relação à duração da tontura, 2,8% responderam que esta é constante, 4,5% relataram uma duração de vários dias, 54% relataram que a tontura dura menos de um minuto e 30,7% entre um minuto e duas horas.
Segundo o estudo, metade dos idosos com tontura apontou a atividade levantar da posição deitada como desencadeante de tontura, 48,3% o virar a cabeça e 38,1% o levantar da posição sentada. O sintoma associado mais frequente foi o zumbido, seguido de sudorese, palidez e taquicardia, sensação de ansiedade e sensação de ouvido tampado e cefaleia.
O estudo alerta que, devido a sua etiologia complexa e multifatorial, por vezes a tontura é negligenciada. No entanto, o correto diagnóstico e tratamento poderiam evitar a deterioração da saúde nos idosos.
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